terça-feira, 8 de janeiro de 2013


'Não vai ter jeitinho', afirma Mercadante sobre cursos punidos 


Os cursos com qualidade insatisfatória punidos pelo ministério da Educação não terão "colher de chá" para retomar a expansão de vagas e o processo de vestibular, disse nesta terça-feira (8) o ministro Aloizio Mercadante (Educação). 

A pasta divulgou hoje uma nova relação de 38 cursos de 21 instituições de ensino superior do país que, devido ao desempenho ruim em avaliação de 2011, perderam a autonomia e não poderão expandir suas vagas neste ano. A medida é considerada uma punição leve se comparada aos cursos que tiveram vestibular suspenso no final de 2012. 

"Não vai ter jeitinho, não tem colher de chá. E se o plano de melhorias [da instituição] não for muito bem elaborado, não há a menor possibilidade de abertura de vestibular", afirmou o ministro sobre os 200 cursos divulgados ano passado que obtiveram desempenho ruim no CPC (Conceito Preliminar de Curso) em 2008 e 2011. 

O CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente e define notas entre 1 e 5 --os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios. 

Sobre os cursos divulgados hoje, que incluem graduações da PUC-SP e do Mackenzie, o ministro afirmou ainda que a ampliação de vagas não será autorizada "enquanto não forem resolvidas as pendências". 

O ministro afirmou que alunos que prestaram vestibular recentemente nesses cursos divulgados hoje poderão ser eventualmente atingidos. Os cursos que fizeram vestibular no final de 2012 e ofereceram volume de vagas superior ao de 2011 terão que reduzir o número de calouros para o patamar de dois anos atrás. A exceção ficará para as que já fizeram o vestibular e a matrícula de novos estudantes até hoje. 

"Pior do que esse prejuízo é vender uma ilusão para o estudante", justificou o ministro. 

SEM NOVAS VAGAS 

O MEC divulgou nesta terça-feira uma nova lista de cursos superiores que tiveram nota insatisfatória no CPC (Conceito Preliminar de Curso) em 2011. Ao todo, 38 cursos de 21 instituições de ensino estão entre as mal avaliadas, entre eles história e geografia da PUC-SP e arquitetura e urbanismo do Mackenzie. 

De acordo com o ministério, a lista publicada hoje no "Diário Oficial da União" complementa uma outra que havia sido divulgada em dezembro do ano passado. Esses cursos não estavam na primeira listagem porque ainda passavam por processo de análise, que foi concluído agora. 

Em uma escala até 5, os conceitos 1 e 2 são considerados insatisfatórios. No caso dos cursos listados, essa é a primeira vez que eles apresentaram nota ruim e, com isso, deverão assinar um protocolo de compromisso com o MEC, indicando as melhorias adotadas, e não poderão aumentar o número de vagas ofertadas. 

O CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%. 

Além dos cursos do Mackenzie e da PUC-SP, estão na lista também cursos de outras três PUCs --Campinas, Goiás e Minas-- e dos institutos federais de ciência e tecnologia de Roraima, Ceará, Pará, do Sertão Pernambucano e Fluminense. Também estão na lista quatro cursos do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, no Rio.

Fonte: UOL

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