quarta-feira, 14 de maio de 2014

ANS suspende 161 planos de saúde

Empresas como Unimed Paulistana, Marítima e Allianz estão proibidas de vender produtos relevantes


Getty Images
Allianz: planos com venda proibida respondem por 74% da carteira de clientes da operadora

A maioria dos 161 planos de saúde que estarão com vendas temporariamente suspensas a partir da próxima sexta-feira (16) percentem a operadoras de grande porte – aquelas que possuem mais de 100 mil clientes. Estão na lista gigantes como Allianz, Unimed Paulistana e Marítima.
A suspensão de venda de planos é determinada a cada três meses pela ANS, nos chamados ciclos de monitoramento. O objetivo é evitar que operadoras alvo de excesso de reclamações vendam seus planos a mais consumidores enquanto não melhorem os serviços para os clientes que já os têm.
Desde o ano passado, as grandes operadoras vinham respondendo por uma parcela cada vez menor dos planos de saúde com vendas suspensas. Em agosto de 2013, elas detinham 70% dos produtos bloqueados. Esse percentual caiu para 39% em fevereiro deste ano, mas voltou a subir para 54%  – 87 dos 161 planos –no bloqueio que começa nesta sexta-feira (16).
Grandes atingidas não são tão grandes
Há, entretanto, um detalhe importante: as grandes operadoras atingidas pela suspensão  de vendas desta vez respondem por 6% do mercado de saúde suplementar do Brasil. Em agosto de 2013, as grandes atingidas detinham 14%.  Ou seja, foram atingidas, desta vez, grandes operadoras menores desta vez.
Isso se explica pois alguns dos maiores grupos de saúde suplementar do País, como a Amil e a Sul América, que tiveram produtos com venda suspensa em agosto 2013, estão fora da lista divulgada nesta quarta-feira (14).
Especialista em regulação de saúde suplementar da ANS, Denise Domingos afirma afirma que o índice de reclamações das operadoras desse tamanho – com mais de 1 milhão de consumidores – caiu, o que indica que elas têm recebido menos queixas.
"Então, é natural que elas não tenham caído [na lista de suspensão atual]", diz. "Elas [as com mais de 1 milhão] seguiram uma tendência de qualquer outro porte de não retornar às suspensões depois de conseguirem sair." 
De acodo com Denise, das dez operadoras que entraram na suspensão que começa na sexta-feira (16), apenas duas já haviam estado em bloqueios anteriores.

Grandes menores

Maioria dos planos suspensos pertencem a grandes operadoras; mas elas são menores que no passado
Fonte: ANS; elaboração da reportagem

Mais da metade dos clientes em planos suspensos
Das dez operadoras de grande porte que tiveram planos suspensos, três se descastam: Allianz, Unimed Paulistana e Marítima. Em todas elas, os produtos com venda  bloqueada pela ANS respondem pela maioria de seus clientes. 
No caso da Allianz, os 11 planos com venda bloqueada por excesso de queixa são utilizados por 74% dos clientes da operadora. O percentual é semelhante na Marítima Seguros – 73%. Na Unimed Paulistana, os 35 planos de saúde com comercialização suspensa já são utilizados por 63% dos beneficiários da operadora.
A Marítima informa que  "mantém uma política de melhoria contínua, com objetivo de propiciar atendimento de excelência aos segurados". A Unimed Paulistana alega estar em "constante processo de readequação de procedimentos internos para dar mais agilidade às demandas dos clientes". 
Em nota, a Allianz ressaltou que teve alguns produtos liberados pela ANS e que está tomando as medidas necessárias para "regularizar os planos de saúde ainda suspensos."
O levantamento foi feito pelo iG em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A suspensão não afeta os clientes atuais das operadoras. Elas apenas estão impedidas de vender os produtos para novos consumidores.
Veja a lista aqui!
FONTE: IG

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