segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Haddad inicia gestão em SP com ampla maioria na Câmara 

GIBA BERGAMIM JR
DE SÃO PAULO 


Diferente dos seus antecessores, o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) tomará posse amanhã com um apoio bem confortável na Câmara. 

Dos 55 vereadores paulistanos, Haddad precisa de maioria simples (28 votos) para aprovar os seus projetos, mas deverá ter o apoio de 40 vereadores de 11 partidos. 

Apenas 13 vereadores (do PSDB, PPS, PSOL e um do PV) deverão fazer oposição. Os dois parlamentares do DEM devem apoiá-lo, mas são considerados "independentes". 

Com apoio garantido, o novo prefeito deve enviar à Câmara de imediato duas de suas principais promessas eleitorais: as novas regras para a inspeção veicular e o projeto do Bilhete Único
mensal. 

Em 2013, também devem ir a votação na Casa projetos importantes ligados ao planejamento urbano: os novos Código de Obras, Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do Solo, além da
revisão da planta genérica do IPTU. 

PT NA PRESIDÊNCIA 

Outro facilitador para Haddad na Câmara é, ao que tudo indica, a eleição de José Américo (PT) como presidente. A votação será amanhã. 

Américo, que foi coordenador de comunicação na campanha de Haddad, conta com o compromisso dos partidos com as maiores bancadas. 

Além do PT, que tem 11 parlamentares --a maior bancada--, Américo diz que o PSDB (9) e o PSD, que tem oito, já acenaram que votarão nele. Para Américo, só dois partidos devem fazer oposição ferrenha: o PSDB e o PPS. Outro partido que deve se opor é o PSOL, com um vereador. 

No PV, que tem quatro, só Gilberto Natalini deve ser oposição. Para garantir a legenda ao seu lado, Haddad convidou Roberto Tripoli --que foi um dos principais opositores na gestão Marta Suplicy (PT)-- para a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Tripoli declinou, mas o colega do PV, Ricardo Teixeira, assumirá a pasta. 

CENTRÃO 

A situação que se apresenta para Haddad é mais confortável que as de José Serra (PSDB), prefeito de 2005 a 2006, e de Gilberto Kassab (PSD), no início das gestões. 

Ambos se depararam com o grupo chamado Centrão, que juntava ao menos 15 parlamentares do PR, PMDB, PV, PP e PTB. Somados aos 11 do PT, que era oposição, eles complicavam a
vida do prefeito. 

O Centrão surgiu de um movimento político dos vereadores no dia da posse de Serra e resultou na eleição de Roberto Tripoli (PSDB) para a presidência da Câmara contra o candidato do prefeito, que era Ricardo Montoro (PSDB). 

Nos primeiros anos, Kassab foi obrigado a negociar com o Centrão, até conseguir implodi-lo ao investir na eleição de seu aliado José Police Neto (PSD) à presidência, em 2011. Ele derrotou o candidato do Centrão, Milton Leite (DEM).



Fonte: UOL

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